quinta-feira, 5 de maio de 2011

Velhos tempos

Um destes dias, quando passava em frente a uma loja comercial desta cidade vi na montra uma coisa que me despertou a atenção, era nem mais nem menos, umas pequenas gaiolas de várias cores apinhadas umas por cima de outras, uma gaiola para grilos, isso trouxe-me à lembrança as tardes de verão passadas na companhia de um amigo de infância, que durante as férias grandes estava cá por Valpaços era ele o Benjamim. Lá andávamos nós à 'caça' de tão admiráveis animais, percorrendo o campo ao lado das nossas casas com umas pequenas latinhas onde depois de os capturarmos os colocávamos, com uma pequena palhinha na mão á procura das suas tocas para lhe fazer 'cócegas', dizendo 'gri gri gri sai da toca já te vi’,   e aos poucos vinha saindo do buraquinho o bicharoco, sem contar com os  torneios que fazíamos para ver quem apanhava mais, eu, por vezes fazia batota trazia comigo um caçoulito com água e quando esta acabava tinha sempre uma 'carta' escondida na manga, o 'xixi' servia na perfeição, depois era só contar e apurar o vencedor, por vezes dava porrada e as nossas mães tinham que intervir, qual árbitro qual quê. Mas, depois tudo passava, e a nossa inocência cruel levava-nos por vezes a fazer combates de grilos para apurar o vencedor... no final disto tudo ficam sempre lições para bem viver.


E, para lembrar esses tempos resolvi comprar uma dessas pequenas casas e fui à caça desses magníficos animais, tive sorte capturei um para z fazer uma pequena grande surpresa à minha pequerrucha, que ficou tão contente que com a atrapalhação toda deixou cair a gaiola ao chão, felizmente estes animais são robustos.

Pior foi conseguir dormir, pois o grilinho passou a noite toda a cantar, levantei-me, pu-lo fora de casa, onde a noite toda travou um intenso combate de cantoria com outros seus semelhantes.


Saudações

4 comentários:

  1. São estas pequenas coisas que nunca esquecerem-mos nas nossas vidas ..!

    ResponderEliminar
  2. a forma verbal não se escreve assim peço desculpa é po-lo. A forma que utilizou é do verbo pular

    ResponderEliminar
  3. Consideramos lamentável que os visitantes de um Blogue (deste ou doutro qualquer) só encontrem motivo para assinalar a sua visita pondo-se em bicos de pés a clamar contra uma gralha ou um lapso, tão frequentes sempre que se escreve e edita logo de seguida.

    Quantas vezes qualquer um de nós não tem confusões de espírito?!

    Quantas vezes o computador insere uma letra que não clicámos?!

    E, por exemplo, a visita ao Post(al) de hoje só merece a este «anónimo», por comentário, o reparo de um lapso?!

    E sabe o sr. «anónimo» que, afinal , foi pior a sua emenda que o soneto?

    É que o autor do Post(al) escreve na 1ª pessoa - faltou apenas o travessão (pu-lo).
    Acresce que se o autor tivesse escrito na 3ª pessoa, mesmo assim, o «anónimo» coca-bichinhos» continuaria a desafinar - seria «pô-lo» (com acento circunflexo).

    Já agora, o seu zelo crítico bem poderia tê-lo alertado, por exemplo, para a falta da vírgula antes do «pulo».

    Que diferença entre uma ignorância atrevida e um bondade entusiasmada!

    O motivo do post(al) é interessante.
    E se mais não bastasse, a ternura das lembranças que traz a tantos leitores seria (e é) mais do que suficiente para não se reparar em eventuais falhas na escrita, e ter, por retribuição, cordiais aplausos.

    Nós agradecemos e aplaudimos a singela e subtil homenagem feita neste Post(al) à imaginação das crianças e dos jovens de outros tempos, onde a fartura de brinquedos e de locais de diversão eram incomparáveis com os de hoje - provavelmente até com as farturas e as «empanturranças» do comentador «anónimo».

    Luís Fernandes

    ResponderEliminar
  4. Agradeço as visitas, em relação aos lapsos de escrita, acontece ao mais comum dos mortais, as correções foram feitas.

    ResponderEliminar