Depois de expor as suas obras um pouco por todo o mundo, aos 69 anos o pintor Henri Clavé decidiu fixar-se em Lama de Ouriço, no concelho valpacense.
Mesmo no centro da aldeia, pertencente à freguesia de Alvarelhos, encontra-se o ateliê de Henri Clavé. Uma sala grande, no topo da casa, forrada a madeira, com as paredes repletas de obras, obras que contam toda uma vida, toda uma carreira de um pintor, que passou por várias fases enquanto artista.
Retratos de familiares ou estrelas de cinema, naturezas mortas, monumentos dos países pelos quais passou ou animais perpetuam a visão de Henri Clavé, que reúne agora a sua “colecção pessoal” na pequena aldeia. “Aqui está toda a minha vida”, refere o pintor, enquanto apresenta o seu portfólio Á Voz de Chaves.
Nasceu em Paris a 21 de Abril de 1941. Descendente de uma família de músicos, cedo ganhou gosto pelo desenho e pela pintura. Depois de décadas a percorrer a Europa e os quatro cantos do mundo, vive agora em Lama de Ouriço, de onde é natural a sua esposa. É lá que usufrui de uma “paisagem ímpar” e aprendeu a retratar o “seu novo mundo”, as coisas da aldeia, o seu quotidiano, passando a uma outra fase da sua carreira artística. “Aconselharam-me a retratar coisas da aldeia, que tenham mais a ver com as coisas de cá”, comentou, enquanto nos apresentava a última vaca que existiu na aldeia, que pintou com uma vista privilegiada sobre o lameiro.
Actualmente reformado dedica os dias à sua arte, sobretudo a pintar desenhos a carvão, lápis, pastel, tinta-da-china, aguarela e óleo. Confessa ter-lhe custado trocar Paris ou Bruxelas por Lama de Ouriço, mas tem-se “adaptado e tirado partido da paisagem e do sossego do meio rural”.
As suas obras encontram-se espalhadas por diversos lugares em França, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Japão, Polónia, Brasil e Portugal. No Alto Tâmega já expôs em Chaves e mais recentemente no Centro Cultural Luís Teixeira, em Valpaços.
“Todos nascemos com um dom que gostamos de cultivar e de praticar. Para alguns é a música, cantar, para outros fazer teatro, praticar um desporto, desenhar, pintar, etc… Eu senti desde muito cedo a necessidade de exprimir os meus sentimentos por meio do desenho e da pintura”, considerou
Texto e Fotos: A Voz de ChavesSaudações
Uma magnífica vista...pois claro, com Pedome ao fundo.
ResponderEliminarNão sabia, mas claro, fico orgulhoso por ser vizinho de Henry Clavé.
Orgulhosos deviam também ficar todos os valpacenses, por este senhor ter escolhido o nosso concelho para moantar o seu atlier e nos brindar com as suas pinturas.
ResponderEliminarBem Haja.
Saudações e um abraço amigo Armando Sena.