Quando era nova não havia peso que me arrebitasse cachimbo, forte e poderosa, ele eram sacos de batatas, de centeio, de milho, de cebolas, senti bem o peso da vida...sempre fui bem tratada pelos donos, mas o que me deixava realmente feliz, era quando aparecia o homem que com as suas mãos já calejadas pela vida me vinha 'aferir' e a deixava pronta para mais uns tempos de grande trabalho.
Agora na reforma quase ninguém repara em mim, só me resta passar os dias como um sem-abrigo, apenas na companhia de uns vasos onde crescem pouco mais que ervas... até a profissão de 'aferidor' de balanças está em vias de extinção.
são os tempos...
saudações amigos.
Don Vitor,
ResponderEliminarboa prosa... diria mesmo que... com um toque de poesia.
gostei!
abs
Mui agradecido...
ResponderEliminarNão há dúvida mesmo. Estás um prosador prenhe de lirismo.
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