"Quando o homem domesticou o cavalo e começou a usá-lo como meio de transporte, a primeira limitação que encontrou foi em relação aos cascos. Em terreno macio, o desgaste era pequeno, mas existia. Em solo pedregoso e acidentado, os cascos quebravam muito facilmente, inutilizando temporariamente o animal.
Para proteger os cascos, foram feitas diversas tentativas com materiais ao alcance daqueles pioneiros – couro, cordas etc. – até que chegaram ao ferro moldado no formato dos cascos, a conhecida ferradura. A especialização foi se firmando e a figura tradicional do ferrador – de avental de couro, empunhando um martelo e uma ferradura em brasa na frente de uma bigorna – tornou-se há muito conhecida de todos, mas chegou a nossos dias com poucas modificações.
Sempre que é chamado, leva consigo o seu estojo de trabalho. Lá dentro encontram-se os utensílios indispensáveis à sua tarefa: o martelo, a lima, a grosa para desbastar o casco, a turquês para retirar os cravos (pregos) e a faca de arrebites para desarrebitar os cravos e retirar as ferraduras velhas.
Tudo evoluiu, e até nesta profissão as coisas mudaram bastante. Agora tudo é feito à máquina. No seu tempo, tinha de fazer as ferraduras à mão. Conta que davam muito trabalho Mas essas eram mais completas, porque podia-se corrigir com mais facilidade algum defeito que os cavalos, as éguas, as mulas ou os burros tivessem nas mãos ou nos pés, adianta.
Felizmente em Valpaços ainda existe um ferrador Chama-se Manel, e além de percorrer todo o concelho Valpacense faz trabalhos também na vizinha Espanha.
Vamos esperar que este não venha a ser o último ferrador do concelho.
Saudações
Caro Vítor,
ResponderEliminarbelo post sobre mais uma daquelas profissões em vias de extinção.
abs
Parabens ao Manel, esta profissao vai se acabando com o tempo.
ResponderEliminarTem que ser ferradura de sete furos para dar sorte e nunca acabar a profissao.
Um grande abraço em todoas.
Mauricio Abelha - Goiania Goias - Brasil